segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Nunca é tade pra comerçar: OS DOIS REINOS (Romanos 5-8)Luís Filipe de Azevedo...

Nunca é tade pra comerçar: OS DOIS REINOS (Romanos 5-8)Luís Filipe de Azevedo...: OS DOIS REINOS (Romanos 5-8) Luís Filipe de Azevedo

OS DOIS REINOS (Romanos 5-8)

Luís Filipe de Azevedo

"Ah! A glória da vida cristã! Nós fomos resgatados do domínio das trevas e transportados para o Reino do Filho amado de Deus (Cl 1.13). Os capítulos 5 a 8 de Romanos pintam uma gloriosa descrição para aqueles que estão unidos com Cristo, aqueles que estão em Cristo.
  • Não estamos mais em Adão, mas em Cristo;
  • Somos nova criação;
  • Não mais somos escravos do pecado, mas escravos voluntários de Deus e da justiça;
  • Morremos para o pecado e vivemos para Deus;
  • Não mais estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça;
  • Não mais somos dominados pela carne, mas somos capacitados para matar o pecado pelo poder do Espírito;
  • Não mais condenados ao salário do pecado, que é a morte, mas recebemos o dom gratuito de Deus em Cristo Jesus, que é a vida eterna.
Abaixo, segue um infográfico que coloca a distinção dos dois reinos de Romanos 5-8 de forma bem visual. Esse arquivo é útil para o ensino em EBD, grupos pequenos, etc, principalmente se você está lecionando em Romanos."


sábado, 28 de dezembro de 2013

Como saber a direção de Deus para 2014?

Para responder a esta pergunta, analisarei duas situações que considero relevantes quando o assunto é compreender a direção do Senhor para nossa vida: as decisões que tomadas com a orientação de Deus e as que são tomadas sem ela.
Quando tomamos decisões sem, antes, buscar a direção do Senhor, seguimos o nosso raciocínio lógico, deixamos que as emoções nos dirijam e tendemos a trilhar o caminho mais fácil. Consequentemente, perdemos a visão espiritual e preocupamo-nos apenas com o que é imediato. Por isso, em Mateus 6.25, Jesus recomendou: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir.
O homem pode ser enganado pelos seus próprios desejos. Infelizmente, até cristãos se têm deixado conduzir pelos sentimentos, desejos e pelas concepções próprias, tomando atitudes precipitadas; alguns têm baseado a sua fé puramente nas emoções.
As emoções são importantes e devem ser consideradas. Inclusive, a Palavra de Deus afirma que a paz é o árbitro (Colossenses 3.15). Contudo, as emoções, sozinhas, podem até atrapalhar nossa capacidade de raciocinar com clareza. Portanto, não permitamos que elas dirijam a nossa vida.
A razão também é falha. Raramente ela poderá, sozinha, levar-nos a uma escolha acertada. Quem é dirigido só pela razão e/ou pelas emoções está fadado ao fracasso, pois suas escolhas são feitas com base apenas no que ele entende. Assim, precisamos submeter nossas escolhas e decisões a Deus e recorrer à Sua Palavra, para descobrir o melhor caminho a seguir.
Nós vivenciamos o “aqui e agora”, mas Deus sabe exatamente o que ocorrerá depois. O Senhor é onisciente e presciente, sabe de tudo antecipadamente. Devemos, portanto, entregar a direção da nossa vida ao nosso Criador, sendo obedientes à Sua Palavra e à Sua voz, pois o Senhor guiará os nossos passos, e o sucesso será uma consequência.
Quando o Senhor está na direção de nossa vida, podemos continuar caminhando neste mundo com paz e segurança, certos de que Jeová Jireh suprirá nossas necessidades, porque Deus não muda. Aquele mesmo Senhor que abriu o mar Vermelho e alimentou Israel durante os 40 anos que este povo peregrinou no deserto cuida de nós e supre as necessidades espirituais, emocionais e materiais de todos quantos entregam sua vida a Ele.
Então, entreguemos nossa vida a Cristo, estudemos a Palavra e oremos antes de tomarmos qualquer decisão. Aguardemos Sua resposta, porque o Senhor prometeu: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre (Mateus 7.7,8).

domingo, 17 de novembro de 2013

Cinco Votos para Obter Poder Espiritual

 – lições do livro de  A.W. Tozer

Uma das atitudes mais nobres que o ser humano deve ter, seja diante de uma pregação da Palavra de Deus que foi ministrada no domingo, seja depois da leitura de um livro cristão que tocou seu coração, ou depois de um louvor que fez estremecer sua alma, é a atitude do voto, do compromisso, da decisão de mudar de rumo. Infelizmente, algumas pessoas rejeitam a idéia de fazer votos e tomar decisões, permanecendo na mesmice.
Aiden, Wilson Tozer, mais conhecido como A. W. Tozer, pastor americano que viveu de 21 de abril de 1897 a 12 de maio de 1963, em seu livro Cinco Votos par Obter Poder Espiritual[1], dá alguns conselhos sobre essa questão. Parafraseando Tozer, se o homem e a mulher está realmente à procura de crescimento espiritual, à procura de poder na vida, à procura de uma vida diferente, de uma alegria verdadeira, de um reavivamento pessoal no seu interior, há que se fazer certos votos, há que se tomar certas decisões e há que empenhar-se para cumpri-los. E, se em algum momento você falhar, prostre-se em humilhação, arrependa-se e comece de novo, sem­pre considerando os votos feitos.
Tozer diz que “o homem carnal rejeita a disciplina de tais compromissos. Ele diz: ‘Quero ser livre. Não quero ter qualquer voto sobre mim. Não creio nisso. Isso é legalismo’”. Somente as grandes almas se aproximam com reverência na presença de Deus conscientes que são pó, dizendo como Paulo em Romanos 7.24: “Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo desta morte?”. Apenas aqueles que sabem que tudo que temos, tudo que somos, tudo que viermos a ser, vem da capacidade dado por Deus a nós. Portanto, é fato, se Deus não for concosco, quebraremos o voto de compromisso que fizermos antes do romper da manhã, antes do por do sol. Não obstante, porque cremos em Deus, com reverência assu­mamos certos votos sagrados. Eu quero obter poder espiritual, e creio piamente que esse é o caminho.
Tozer propõe cinco votos de compromisso para se obter poder espiritual, votos que tenho feito, e gostaria que você leitor tembém fizesse. Eu, com minhas palavras e influenciado pelas palavras de Tozer, reescrevo os votos abaixo de modo imperativo:

1º Voto de Compromisso: Trate Seriamente o Pecado em Sua Vida

O pecado é o antigo inimigo da alma. O profeta Ezequiel diz: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18. 4, 20). Por essa razão precisamos tratar firme­mente com o pecado em nossa vida. Isso não significa vida de perfeição sem pe­cado. Quem é perfeito e não tem pecado, que atire a primeira pedra! Antes, significa dizer que todo pecado conhecido deve ser nomeado, identificado e repudiado, e que devemos confiar em Deus para nos libertar dele, para que não exista qualquer pecado consciente, deliberado em qualquer parte de nossa vida. É absolutamen­te necessário que façamos isso, porque Deus é um Deus santo.
Portanto, não tente disfarçar seus pecados habituais, dando-lhes nomes e caras enfeitados que não correspondem ao que realmente são. Também, não confunda convicção de pecado com complexo de culpa. Pecado não se trata em consultórios, mas com lágrimas nos olhos e de joelhos confessando-os na presença do Justo e Santo. E quando orar, não utilize palavras vazias, mas chame seus pecados pelo nome. Se você é invejoso, chame-o de inveja. Se você é mentiroso, cheme-o de mentira. Se você é ressentido, cheme-o de ressentimento. Se você murmura de tudo, chame-o de murmuração. Se você é prepotente e tem uma admiração excessiva por si mesmo e um enorme desprezo pelos outros, chame-o de orgulho.
Reiterando, tratemos do pecado com seriedade e sigamos o conselho de Edras 10.11a: “Agora confessem seu pecado ao Senhor, o Deus dos seus antepassados, e façam a vontade dele” e aprendam o princípio de Provérbios 28.13: “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”, lembrando das palavras do apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”.  


2º Voto de Compromisso: Não Seja Dono de Coisa Alguma

Esse voto não tem nada a ver com possuir coisas, mas sim de ser possuido por elas. Devemos ser libertos do senso de possuir coisas porque esse sentimento embaraça nossa vida. A frase "isto é meu!", transmite possessividade e é muito prejudicial para o espírito. Se puder livrar-se disso, para que não tenha mais o sentido de posse sobre qualquer coisa, você sentirá grande liberdade em sua vida. Isso não significa que vender tudo o que tem ou dar aos pobres. Não, o Senhor te dará bens, permitirá que você tenha seus negócios, sua profissão, seu carro, sua casa, contanto que entenda que isso não lhe pertence, em absoluto, mas é Dele, e que você é um trabalhador Dele, um mordomo. Desse modo, não precisaremos perder nada, porque não nos petence, mas a outra pessoa, Deus. Porém, se essas coisas forem suas, haverá uma preocupação demasiada, de modo que os seus olhos e coração estarão voltados para suas posses.
Quem pensa ser dono de alguma coisa, é repreendido pelo Senhor a entrega-lo tudo quanto possui. Imagine você, que alguns são mantidos para trás porque algo está preso às suas vidas. Homem, do que você precisa abrir mão para melhor servir a Deus? Mulher, do que você precisa abrir mão para melhor servir a Deus? Consideremos seriamente o que devemos deixar, e façamos isso de coração.


3º Voto de Compromisso: Nunca se Defenda

A defesa parace estar no ser humano desde nascença. E caso insista em defender a si mes­mo, Deus permitirá que você o faça. Porém, se você entregar sua defesa a Deus, então Ele o defenderá. Ele disse a Moisés certa vez: "Serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários" (Ex 23.22).
Não tenho de lutar. O Senhor é Quem luta por mim. E Ele certamente fará o mesmo por você. Ele será o Inimigo dos seus inimigos e Adversário de seus adversários, e você nunca mais precisará defender a si mesmo.
O que defendemos? Bem, defendemos nosso serviço e, particularmente, defende­mos nossa reputação. Sua reputação é o que os outros pensam que você é, e se surgir al­guma história sobre você, a grande tentação é tentar correr para acabar com ela. Mas, a melhor coisa a fezer não é tirar satisfação, e sim entragar o caso ao Senhor, para que Ele seja o advogado e juiz do fato ocorrido. Há uma promessa no Salmo 91, que “Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do SENHOR o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda” (v.9-10).
Se você se voltar completamente ao Senhor, Ele o defenderá completamente e providenciará para que ninguém lhe cau­se dano. "Toda arma forjada contra ti não prosperará", diz o Senhor, "toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás" (Is 54.17).




4º Voto de Compromisso: Nunca Passe Adiante Algo quePrejudique Alguém

"O amor cobre multidão de pecados" (1 Pe 4.8). O fofoqueiro não tem lugar no favor de Deus. Se você sabe alguma coisa que possa vir a obstruir ou ferir a reputa­ção de um dos filhos de Deus, enterre-a para sempre. Busque um pequeno jardim, atrás da casa - um lugarzinho em alguma parte - e, quando alguém se aproximar de você com alguma história de maledicência, leve-a até ali e sepulte-a, dizendo: "Aqui jaz em paz a história sobre meu irmão". Deus tomará conta daquela história. "Com o critério com que julgardes, sereis julga­dos" (Mt 7.2).
Se quer que Deus seja bondoso com você, terá também de ser bondoso com Seus outros filhos. Você dirá: "Mas isso não é a graça!?". Bem, a graça é que fez você entrar no reino de Deus. E um favor imerecido. Porém, depois de você assentar-se à mesa do Pai, Ele espera poder ensiná-lo como se portar à mesa. E Ele não lhe permitirá comer enquanto você não obedecer à etiqueta de Sua mesa. E que etiqueta é essa? E que não conte histórias sobre os irmãos que estão as­sentados à mesa com você - não importando onde congregam, a nacionalidade ou aconte­cimentos do passado.


5º Voto de Compromisso: Nunca Aceite Qualquer Glória

Deus é zeloso de Sua glória e não a dará a ninguém. Ele não irá nem mesmo compar­tilhar Sua glória com quem quer que seja. É muito natural, diria eu, que as pessoas esperem que talvez seu serviço cristão lhes dê uma oportunidade de demonstrar seus talentos. Verdadeiramente querem servir ao Senhor, mas também querem que os demais saibam que estão servindo ao Senhor. Elas querem ter reputação entre os santos. Este é um terreno muito perigoso: buscar repu­tação entre os santos. Já é ruim o bastante procurar reputação no mundo, mas é pior procurar reputação entre o povo de Deus. Nosso Senhor desistiu de Sua reputação, e devemos fazer isso também.
Meister Eckhart certa ocasião pregou um sermão sobre a purificação que Cristo fez no templo. Disse ele: "Ora, nada havia de errado com aqueles homens que vendiam e compravam ali. Nada havia de errado em trocar dinheiro ali; aquilo tinha de ser fei­to. O pecado deles se resumia no fato de fazerem isso para ter lucro. Eles ganhavam certa porcentagem ao servirem ao Senhor". E então Eckhart fez a aplicação: "Quem quer que sirva por uma comissão, por um pouqui­nho de glória que possa tirar desse serviço, é um comerciante, e deve ser expulso do templo".
Concordo plenamente com isso. Se você está servindo ao Senhor e, quase sem per­ceber - talvez inconscientemente mesmo -, espera obter uma pequena comissão de cin­co por cento, cuidado! Isso irá espantar o poder de Deus de seu espírito. Você precisa determinar que nunca irá aceitar qualquer glória, mas cuidar para que Deus a receba toda.

Esses Cinco Votos Necessitam ser Escritos em Nosso Próprio Sangue

A coisa mais simples possível é apresentar uma mensagem como esta. O realmente di­fícil é pôr isso em prática em nossa própria vida. Relembre que esses cinco votos não são alguma coisa que se deva escrever na capa da Bíblia para, depois, esquecê-los. Necessitam ser escritos em nosso próprio sangue. Têm de ser votos finais, irrevogáveis. Ficarem apenas na superfície não é suficiente. Muito de nos­sa consagração é assim, apenas superficial. Não pode ser assim. Não! Que esses votos venham das profundezas de seu coração, das maiores profundezas de seu espírito.
Esses votos são contrários à antiga nature­za humana. Eles introduzem a cruz em nossa vida. E ninguém jamais pôde recuar depois de ter tomado sua cruz - ninguém, jamais. Quando um homem toma a cruz, já disse adeus. Já fechou as gavetas de sua escrivani­nha e disse adeus à esposa e aos filhos. Ele nunca mais voltará. O homem com a cruz nunca retorna. Quando fizer esses votos, relembre-se: eles introduzem a cruz em sua vida, ferem no coração sua vida centrada no ego, e nunca mais haverá lugar para retorno. E digo eu: "Ai dos levianos!"
No Brasil - e talvez em outros lugares tam­bém - muitas pessoas estão dizendo:
"Expe­rimentem Jesus, experimentem Deus!" Levia­nos, experimentadores, provadores é o que eles são. São como um coelho que conta com doze buracos de saída, para que, caso um seja obstruído, possa fugir pelo outro! Não! Da cruz não há lugar para fugir. Ninguém pode "experimentar" Jesus. Ele não está ã disposi­ção de ninguém para ser testado. Cristo não está sob teste. Você está. Eu estou. Ele não! Deus O ressuscitou de entre os mortos e para sempre confirmou Sua deidade e O selou e entronizou à Sua mão direita como Senhor e Cristo. Entregue tudo a Ele e notará que sua vida começará a ser elevada. Você florescerá de maneira maravilhosa.

Por uma Vida mais Poderosa

Porém, se você, por acaso, for um daqueles sobre quem Deus impôs a mão para uma vida mais profunda, para uma vida mais poderosa, para uma vida mais plena, então eu pergunto se está disposto a fazer uma oração como esta: "O Deus, glorifica-Te a Ti mesmo à minha custa. Envia-me a conta - qualquer que for, Senhor. Eu não estabeleço o preço. Não tentarei voltar atrás nem barganhar. Glorifica a Ti mesmo. Eu arcarei com as conseqüências".
Esse tipo de oração é simples, mas é profunda  maravilhosa e poderosa. Eu creio que se você puder fazer uma oração como essa, ela será a rampa de onde poderá ser lançado às maiores alturas e aos céus mais azuis nas coisas do Espírito.

domingo, 3 de novembro de 2013

31 de Outubro – Dia da Reforma Protestante

         31 de Outubro – Dia da Reforma Protestante


Assim como a fé bíblica é profundamente histórica, porque fundamentada em atos redentores realizados no tempo e no espaço, a fé reformada valoriza extraordinariamente a história da igreja. O nosso senso da história nos lembra que a igreja cristã não começou com a reforma protestante do século dezesseis. Foi por isso que reformadores como Lutero e Calvino não quiseram romper com tudo o que dizia respeito à igreja antiga e medieval. Por exemplo, eles fizeram questão de reconhecer a validade dos antigos concílios ecumênicos da igreja (séculos quarto e quinto) e das extraordinárias formulações teológicas produzidas pelos mesmos – os credos, especialmente o niceno e o de Calcedônia. Os reformadores magisteriais, Calvino entre eles, também tinham grande apreço pelos antigos mestres cristãos, os pais da igreja, e os citaram abundantemente em seus escritos. É por isso que devemos recitar esses credos, utilizar as antigas liturgias, cantar hinos de séculos passados. Não é questão de tradicionalismo: tudo isto nos coloca em contato com a igreja do passado, da qual somos herdeiros e continuadores.
No seu sentido mais amplo, “protestantismo” denomina todo o movimento dentro do cristianismo que se originou na reforma do século XVI e que mais tarde centrou-se nas principais tradições da igreja reformada – Luterana Reformada (Calvinista/Presbiteriana) e Anglicano-Episcopal (embora o anglicanismo alegue ser tanto católico quanto protestante) e Speyer, 1529, com os primeiros dissidentes de uma imposição religiosa, e continuando com os batistas, metodistas, pentecostais, até às igrejas Africanas Independentes dos nossos dias.
             O termo deriva-se do “protesto” entregue por uma minoria de autoridades luteranas e reformadas na Dieta Imperial Alemã em Speyer em 1529, numa dissidência causada por uma ordem imposta que proibia a renovação religiosa. O “protesto” era, ao mesmo tempo, uma objeção, um apelo e uma afirmação. Perguntava em tons urgentes: “Qual é a igreja verdadeira e santa?”; e asseverou: “Não há nenhuma pregação ou doutrina segura senão aquela que permanece fiel à Palavra de Deus. Segundo mandamento divino, nenhuma outra doutrina deve ser pregada. Todo texto das santas e divinas Escrituras deve ser elucidado e explicado por outros textos. Esse Livro Santo é necessário, em todas as coisas, para o cristão; brilha claramente na sua própria luz e é vista iluminando as trevas. Estando resolutos, pela graça de Deus e com a Sua ajuda, a permanecermos exclusivamente na Palavra de Deus, no santo evangelho contido nos livros bíblicos do Antigo e do Novo Testamento. Somente essa Palavra deve ser pregada, e nada que seja contrário a ela. É a única verdade. É o juiz certo de toda doutrina e conduta cristã. Não pode nos enganar nem lograr”.
Desse modo, os luteranos e outros defensores da reforma passaram a ser conhecidos como protestantes. A palavra tinha, originalmente, um sentido de “confissão resoluta, declaração solene”, tomando o partido da verdade do evangelho contra a corrupção romana. “Essencialmente, o protestantismo é um apelo a Deus em Cristo, às Sagradas Escrituras e à Igreja Primitiva, contra toda a degeneração e apostasia”. O estreitamento da palavra “protestante” para significar anti- ou não-romano tem levado alguns a preferirem “evangélico” (embora na Europa continental essa palavra normalmente designe os luteranos) e “reformado” (geralmente mais usada para os presbiterianos calvinistas).


PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

            Os princípios fundamentais do protestantismo do século XVI eram os seguintes: sola scriptura, solus christus, sola gratia, sola fides, soli Deo gloria, a igreja como o povo que crê em Deus e o sacerdócio universal dos fieis.
            Vejamos resumida e separadamente cada um desses princípios da Reforma Protestante:


SOLA SCRIPTURA

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial.
Em tese, Sola Scriptura, significa reafirmar a Escritura como única fonte de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo àquilo que é suficiente e necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Esse princípio nega qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação. 
No Sola Scriptura, acredita-se na liberdade da Escritura para dominar como a Palavra de Deus na igreja, desembaraçada do magisterium (magistrados) e tradição papais e eclesiásticos. A Escritura é a única fonte da revelação cristã. Embora a tradição possa ajudar a sua interpretação, seu significado verdadeiro (i.e., espiritual) é seu sentido natural (i.e., literal), e não um significado alegórico.


SOLO CHRISTUS

À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.
Em tese, Solus Christus é reafirmar que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Esse princípio nega que o Evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada. 


SOLA GRATIA

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.
Em tese, Sola Gratia é reafirmar que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Esse princípio nega que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada. 
A redenção como dom gratuito de Deus, realizada pela morte e ressurreição salvíficas de Cristo. Essa verdade foi articulada principalmente em termos paulinos, tais como a justificação somente pela fé, como consta na Confissão de Augsburgo: “Não podemos obter o perdão do pecado e a justiça diante de Deus pelos nossos próprios méritos, obras ou penitências, mas recebemos o perdão do pecado e nos tornamos justos diante de Deus pela graça, por causa de Cristo, mediante a fé, quando cremos que Cristo sofreu por nós e que por Sua causa o nosso pecado é perdoado e recebemos a justiça e a vida eterna”. A certeza da salvação, portanto, é uma marca distintiva da fé protestante, fundamentada na promessa do evangelho e desvinculada de qualquer busca de mérito.

SOLA FIDE

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Em tese, Sola Fide é reafirmar que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Esse princípio nega que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima. 


SOLI DEO GLORIA

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.
Em tese, Soli Deo Gloria é reafirmar que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Esse princípio nega que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


A IGREJA COMO O POVO QUE CRÊ EM DEUS

Constituída não apenas pela hierarquia, sucessão ou instituição, mas pela eleição e chamada divinas em Cristo mediante o evangelho. Nas palavras da Confissão de Augsburgo, é “a assembléia de todos os crentes onde o evangelho é pregado na sua pureza e os santos sacramentos são administrados de acordo com o evangelho”. Os sacramentos ordenados por Cristo são apenas dois – o batismo e a ceia do Senhor – e podem ser chamados “palavras visíveis”, refletindo a primazia da pregação dentro da convicção protestante.


O SACERDÓCIO DE TODOS OS CRENTES

A liberdade privilegiada de todos os batizados de comparecerem diante de Deus em Cristo “sem intermediários humanos patenteados” e sua chamada para serem transmissores de julgamento e graça como “pequenos Cristos” aos seus vizinhos. O pastor e o pregador diferem dos outros cristãos pela sua função e nomeação, e não por status espiritual. (Este princípio fundamental tem sido esquecido pelo protestantismo posterior, talvez mais do que qualquer outros desses princípios.)
            A Santidade de Todos os Chamados ou Vocações: a rejeição das distinções medievais entre o secular e o sagrado ou “religioso” (i.e., monástico) com depreciação daquele, e o reconhecimento de todas as maneiras de ganhar a vida como vocações divinas. “As obras dos monges e dos sacerdotes, aos olhos de Deus, não são de modo algum superiores ao trabalho do agricultor no campo, nem ao serviço de uma mulher que cuida do seu lar” (Lutero). Nenhum chamado é intrinsecamente mais cristão do que outro – uma percepção que é obscurecida por frases tais como “o sagrado ministério”.    

             
FONTE BIBLIOGRÁFICA:

  • ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. [Tradução Gordon Chown]. São Paulo: Edições Vida Nova, reimpressão em 1993. Volumes 3 (pp. 194-195).
·         Os Cinco Solas da Reforma Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria, por Declaração de Cambridge. In: http://www.monergismo.com.
  • MATOSAlderi Souza de. Aspectos Essenciais Da Identidade Reformada. In: http://www.monergismo.org

domingo, 20 de outubro de 2013

OS “SANGUESSUGAS” ESPIRITUAIS




“E, ao ensinar, dizia ele: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes talares e das saudações nas praças; e das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes; os quais devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes sofrerão juízo muito mais severo.”
Marcos 12.38-40


Na época de Jesus já existiam “sanguessugas” que gostavam de se beneficiar dos fiéis. A recomendação de Cristo é: guardai-vos destes! O que significa dizer que devemos tomar cuidado com as influências malignas de certos “líderes espirituais”.  Homens inescrupulosos, amantes de si mesmos, que se dizem mestres, que gostam de andar para lá e para cá, usando capas compridas, longas, esvoaçantes, que trombeteiam devoção e intelectualidade acadêmica. Buscam os elogios e gostam de ser cumprimentados com respeito por onde passam; gostam que seus nomes sejam mencionados com honra e preferem os lugares de honra nas sinagogas (igrejas), bancos mais próximos de onde ficavam os rolos das Sagradas Escrituras – área reservada para líderes e pessoas de renome; gostam dos melhores lugares nos banquetes.

Mas, não fica só aí. Esses “sanguessugas” são gananciosos e gostam de explorar as pessoas que tem pouco para sobreviver, roubam os seus bens; em outras palavras, tais líderes se favorecem de seu prestígio, o que lhe dá oportunidade de convencer os fiéis incautos de que eles estão servindo a Deus ao apoiarem o templo ou o próprio trabalho santo do líder, quando na verdade, os líderes é que se beneficiavam monetariamente dos pobres. Tudo acontecia e acontece por trás da maquiagem, da máscara, camuflagem de longas orações que, para disfarçarem, usavam como ostentação de espiritualidade.

A real motivação dos “sanguessugas” não era, e não é, a devoção a Deus, mas o seu próprio benefício financeiro, bem como a reverência de sua pessoa. Como hoje, querem estar na moda e na mídia!

Na época de Jesus nem precisou de CPI, pois Ele mesmo deu o veredicto: “Portanto, o castigo que eles vão sofrer será pior ainda!” Nós temos dificuldades de tratar dos assuntos espirituais e por essa razão somos presas fáceis de líderes que procuram vida fácil à custa dos fiéis. Um líder assim, não tem amor alguns no coração, não está servindo ao próximo e está contrariando o principal mandamento de Deus! Não adianta vir com “conversa fiada”, dizendo que existem muitos tipos de prosperidade. As pessoas que esses “sanguessugas” estão enganando, são mantidas na ignorância através de berros e acusações. Mal informadas, se tornam reféns desses “gatunos”, que não querem perder a comodidade, privilégios e posição na sociedade.

Talvez, você esteja como eu, decepcionado com os líderes religiosos da mídia! Mas faça como eu, busque em Cristo o seu maior referencial! Busque também a referência em líderes que queiram e se esforcem para parecer-se com o Mestre dos Mestres, o Pastor dos Pastores, o Mais Humano dos humanos, e o Mais Espiritual dos líderes.

Que Deus nos ajude e nos ilumine!

Pr. Filipe.  

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sucesso Traz Felicidade?

Felicidade e Sucesso
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Hoje vamos filosofar um pouco sobre SUCESSO e FELICIDADE. Mas primeiro poderíamos tentar definir o que é sucesso e o que é felicidade. De acordo com o Dr. Lair Ribeiro, “sucesso é conseguir o que você quer” e “felicidade é querer o que você conseguiu”. Com isso em mente, voltemos à pergunta que é o título deste artigo: Sucesso Traz Felicidade? Ou será que é o contrário? Vejamos.






É uma antiga suposição que o Sucesso, seja na escola, no trabalho ou no relacionamentos, traz felicidade. Muitos de nós nos esforçamos para o sucesso, gastando longas horas em nosso trabalho ou estudos, na esperança de alcançar o sucesso e, como uma consequência do sucesso, a felicidade.

Mas uma revisão de 225 estudos no Psychological Bulletin descobriu que a felicidade não segue necessariamente o sucesso. Na verdade, é exatamente o oposto: A felicidade é que leva ao sucesso.

De acordo com as conclusões do estudo, as pessoas felizes buscam e realizam novos objetivos que reforçam a sua felicidade e outras emoções positivas.

Sonja Lyubomirsky, Ph.D., da Universidade da Califórnia, Riverside e colegas analisaram três tipos de estudos: aqueles que compararam diferentes grupos de pessoas, aqueles que acompanharam indivíduos ao longo do tempo e aqueles que examinaram os resultados em ambientes controlados.

Esses estudos examinaram questões como: “Será que as pessoas felizes têm mais sucesso do que as pessoas infelizes? Será que a felicidade vem antes do sucesso? E vale a pena incitar comportamentos orientados para o sucesso? ”

Os resultados de todos os três tipos de estudos sugerem que a felicidade leva a maiores sucessos na vida. Lyubomirsky sugere que “isso pode ser porque as pessoas felizes freqüentemente experimentam humores positivos e estes estados de espírito positivos os leva a ser mais propensos a trabalhar ativamente em direção a novos objetivos e a criar novos recursos. Quando as pessoas se sentem felizes, elas tendem a se sentir confiantes, otimistas e dispostas e outros as consideram mais simpáticas e sociáveis. ”
Isso não significa que as pessoas felizes são sempre bem-sucedidas e nunca se sentem tristes. Parte de um saudável senso de bem-estar inclui experimentar emoções dolorosas em resposta a circunstâncias de vida difíceis e aflitivas.

Outros fatores também contribuem para o sucesso, incluindo a inteligência, aptidão, apoio social e perícia. Mas Lyubomirsky diz: “os indivíduos felizes são mais propensos do que seus pares menos felizes a ter casamentos e relacionamentos gratificantes, altos rendimentos, o desempenho superior no trabalho, envolvimento da comunidade, boa saúde e até mesmo uma vida mais longa.”

 

Estratégias para ser mais feliz

Então, como você pode se tornar mais feliz?
Em outra revisão de estudos sobre a felicidade, olhando para 51 estudos que testaram tentativas de aumentar a felicidade através de diferentes tipos de pensamento positivo, Lyubomirsky identificou alguns aspectos fundamentais para melhorar a felicidade:

Seja grato.
Pessoas relataram um sentimento de felicidade que durou semanas e meses após escreverem cartas de gratidão para os outros - que nem foram enviadas.

Seja otimista.
Olhar as situações por um ângulo positivo resultou num aumento da felicidade para os participantes do estudo.

Conte suas bênçãos.
As pessoas que escreveram três coisas positivas que aconteceram com elas a cada semana sentiram-se mais felizes e satisfeitas.

Use seus pontos fortes.
Identificar os pontos fortes e fazer um compromisso de tentar usá-los de novas maneiras pareceu aumentar a felicidade em participantes de um estudo.

Agir com gentileza.
As pessoas que ajudam os outros relatam que isso também ajuda a seu próprio senso de bem-estar.